quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

PARA ONDE VAI NOSSA LIBERDADE?!

Desde ontem aconteceram algumas coisas que me fizeram parar realmente para pensar em coisas que eu nunca tinha nem imaginado...

A tarde, a Ju, do Gravida e Bipolar, postou no facebook dizendo assim:

"Acho que estou vivendo o equivalente à despedida de solteira misturado a um retiro espiritual! Devia ter um nome pra isso, não? Devia ter festa pra futura mãe e pai tb, e não to falando de chá de bebê, sei lá, algo mais original, mais badalado (nem tanto!). Afinal, eu e o Jose Marcos, depois do Pedro, seremos para sempre pais!" E completou:

"Vou inventar uma festa equivalente à despedida de solteiro para futuros papais e mamães. Dicas?! Alguém?"

Logo depois, recebo um torpedo de uma amiga, pedindo indicação de uma folguista, porque a nenên dela está com 5 meses e ela, assim como eu, sempre adorou sair, não tem família perto e queria ter com o marido, pelo menos um final-de-semana para poderem sair, namorar, enfim, coisas que casais que não tem filhos fazem, sem ter que pensar muito.

E, por fim, à noite, quando o Fábio chegou em casa, que fomos passear com o cachorro - que chamamos de "nosso momento de conexão 4 patas" rsrs - ele disse: " Nossa, bebê, quando a duda nascer, não vamos mais poder fazer isso". Sim, no começo, não vamos poder fazer nem isso. É assim mesmo?!

E aí já viu! Se não tendo nada de diferente pra pensar eu já tenho tido uma insônia louca, imagina com tudo isso passando pela minha cabeça! E aqui estou eu, 5:30 da manhã, depois de ter rolado na cama a noite toda, escrevendo este post "desabafo".

Sempre esteve nos meus planos ser mãe. Mas acho que você só se dá conta do que é ser mãe, dos tipos de renúncia que isso vai exigir na sua vida, das restrições, depois que engravida. Pro homem, acho que só depois que nasce.

Se fôssemos um casal daqueles que só gosta ver Dvd, sair pra jantar, tomar um vinho e ir ao cinema, acho que talvez não estaria nessa "crise" toda. Mas eu, desde que me entendo por gente, sempre adorei uma balada, viajar, estar com os amigos. Me lembro quando conheci o Fabio. Foi depois do término de um namoro bem conturbado, que sempre ia à missa e pedia pra Deus uma pessoa que não gostasse muito de sair, que não tivesse muitos amigos solteiros - rsrsrsrssr. E aí, ele me mandou o Fabinho. Rs. Realmente ele era do jeitinho que pedi. ERA. Rs. Porque eu JAMAIS aguentaria namorar alguem que fosse caseiro! Então, sempre saímos muito pra balada todos os finais de semana, sempre viajamos muito, na hora e do jeito que queríamos. E fizemos isto por 5 anos.

Ter filhos já estava nos nossos planos e acho que aproveitamos bastante até eu engravidar. E não acho que tenhamos que deixar de ser o casal "social" que somos, mas obviamente, isso vai mudar. E o mais engraçado, é que acho que ele está muito mais tranquilo em relação a isso do que eu.

E aí vem o meu pensamento: " Caraca! Será que sou tão egoísta assim e não sabia?!". Estou amando a idéia de ter uma filha, acho que todo casamento uma hora precisa disto, porque é o complemento da relação, a formação da família. O "next level" como dizem por aí. Mas, sinceramente, esses dias ando muito pensativa...

Mas aí, procuro conversar com quem já tem filhos, que sejam casais como nós, e TODOS, sem exceção, me dizem: " Debs, a vida de vocês vai mudar. É uma mudança para melhor. O importante, é você não virar SÓ mãe e o Fábio SÓ pai. Vocês tem que arrumar uma brechinha pra namorar, pra se curtir, pra sair e relaxar... como um casal! E vcs vão ver que é muito mais gostoso! Ter filhos não é se despedir da vida de 'casal', é acrescentar algo maravilhoso e muito maior à vida de vocês. É a formação de uma família!".

Li um comentário da Claudinha no facebook da Ju que achei perfeito: "Liberdade foi você poder decidir engravidar...". E é isto mesmo!

Sempre procuro dizer pra Duda que não absorva esses meus pensamentos - rsrs - porque não é com ela. Lendo vários blogs de grávidas, percebi que essa é uma dúvida / crise que passa pela cabeça de quase todas as futuras mães... principalmente daquelas que são como eu.